Por Pedro Carlotto,
Professor do curso Técnico em Segurança do Trabalho e Administração
Os estudantes das turmas A101 e ST103 finalizaram o eixo de “Educação para o Trabalho” com uma deliciosa “sessão cinema” ao estilo jurássico. A fim de promover reflexão sobre conceitos teóricos e aprendizado prático no tocante ao comportamento humano, foi exibido o filme Jurassic World, de 2015. Após o vídeo, houve aprofundamento em questões trabalhadas durante o eixo e debate participativo de ambas as turmas.
Jurassic World é o quarto filme da franquia Jurassic Park, e é a quarta maior bilheteria da história do cinema (estando atrás apenas de Star Wars: O Despertar da Força, Titanic e Avatar). Sua estreia foi registrada como sendo a que mais vendeu ingressos em todo o mundo, estando atrás apenas de Star Wars: O Despertar da Força. O filme conta com aprovação de 71% no site Rotten Tomatoes – o maior compilador estatístico de críticas de cinema – e é considerado um sucesso. Foi indicado a 53 categorias diferentes de premiações, tendo ganhado alguns prêmios – destaca-se o MTV Movie Award 2016 para Chris Pratt como Melhor Ator.
A história gira em torno da reabertura do Parque dos Dinossauros – tema do primeiro filme Jurassic Park, lançado em 1993. Mais de 20 anos após a inauguração fracassada do primeiro parque, Jurassic World é um grande centro turístico, repaginado com todo o poderio tecnológico mais avançado – tanto para o entretenimento dos convidados quanto para a segurança deles. Ao menos esta é a intenção. Por falhas de protocolos de segurança, diversos acidentes ocorrem, para a ameaça da vida de todos os envolvidos.
A relação entre Jurassic World e a Educação para o Trabalho
O eixo de Educação para o Trabalho visa a capacitar os estudantes para interagir com diversos tipos de personalidades e temperamentos de forma profissional, bem como para identificar estratégias para negociar posições de relacionamentos com todos no ambiente de trabalho. Em consonância com o objetivo da Escola Técnica Geração de formar técnicos e seres mais humanos, os alunos aprendem aspectos importantes a respeito de relacionamento e comunicação interpessoal. Dentre eles, a escuta ativa e a compreensão das diferenças individuais entre as pessoas, evidenciadas através de diferentes características de personalidade.
Para Stephen Robbins, autor de Comportamento Organizacional, a personalidade pode ser definida como a “soma total das maneiras como uma pessoa reage e interage com as demais” (2010, p.127). Ainda na visão do autor, ela é mais frequentemente caracterizada como as diferenças nos traços mensuráveis de comportamento exibidos por um indivíduo. Os estudantes aprendem alguns exemplos de indicadores destas diferenças, como o modelo estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), baseado nos traços Lógico, Intuitivo, Pensante e Atuante. Outro modelo visto pelos estudantes foi o famoso Indicador de Tipos de Personalidade Myers-Briggs (MTBI), baseado nos estudos de Jung acerca da personalidade humana.
Além de realizar testes de personalidade para descobrir seus traços mais fortes e os a desenvolver, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer as diferenças entre as personalidades e principais fontes de estresse e conflito no âmbito organizacional por conta da falta de negociação. O filme Jurassic World evidenciou ainda mais estas fontes de estresse entre diferentes tipos de comportamento entre os personagens, como raciocínio e tomadas de decisão. Um exemplo pode ser citado entre a personagem Claire (Bryce Dallas Howard), extremamente lógica em suas tomadas de decisão, e o personagem Owen (Chris Pratt), cujas ações se pautam mais pela intuição. Outro case estudado é a relação entre o proprietário do parque, com uma visão idealista e intuitiva, que se contrapunha com o pragmatismo de Claire, ou mesmo com os experimentos práticos realizados pelo cientista Dr. Wu (B.D. Wong).
Outro ponto estudado e debatido pelas turmas foi a mudança de conceito pela qual passam os personagens do filme, em especial Claire e Owen e a dupla de irmãos Gray e Zach. De indivíduos atuando com interesses e objetivos diferentes e conflitantes, eles passam a formar equipes sinérgicas atuantes em busca de objetivos comuns. De acordo com Robbins, grupos de trabalho “não têm necessidade nem oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo que requeira esforço conjunto” (2010, p.299). Já as equipes de trabalho são aquelas que geram sinergia positiva por meio de esforços coordenados.
Ao somar entretenimento e diversão com debates, reflexões e associações com conteúdos teóricos, pode-se dizer que houve decantação do aprendizado obtido no eixo. O ano de 2016 encerrou com esta premissa de que aprender pode ser divertido, e que as aulas podem unir tanto o lúdico e elementos do mundo pop com construtos científicos e teóricos fortes. Desta forma, há um desenvolvimento de competências atitudinais essenciais para uma melhor empregabilidade, por meio do aprimoramento das habilidades interpessoais.
REFERÊNCIA:
ROBBINS, Stephen P.. Comportamento Organizacional, 14ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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