Por Vanessa Naimayer Zanotta Lage,
Aluna do curso técnico em Segurança do Trabalho (TST 201)
A turma TST 201 da Escola Técnica Geração fez uma visita técnica na área de Saúde e Segurança do Beiramar Shopping, com ênfase no combate a incêndio e primeiros socorros, no dia 1º de novembro de 2016. Fomos acompanhados pelo professor Pedro Carlotto e recebidos pelo chefe da segurança, Sr. Ramos, e pelo brigadista particular, Sr. Soares. Obtivemos a informação de que o condomínio do shopping tem aproximadamente 230 funcionários. A composição do SESMT se dá por um técnico de segurança do trabalho, um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, um técnico de enfermagem do trabalho, dois brigadistas particulares e mais funcionários treinados como brigadistas voluntários.
Brigadista particular x brigadista voluntário
Em sua palestra, o Sr. Ramos nos esclareceu a diferença entre um brigadista particular e um brigadista voluntário, conforme o capítulo III da Instrução Normativa 28 do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que regulamenta a Brigada de Incêndio.
Os dois brigadistas particulares do shopping revezam os turnos de trabalho. Os funcionários da manutenção, serviços gerais e segurança patrimonial são capacitados e treinados como brigadistas voluntários, pois eles estão espalhados pelo ambiente. Por este fato, geralmente são os primeiros a detectar incidentes e situações de emergência, prestando sempre os primeiros socorros e acionando um dos brigadistas particulares através de telefones via rádio.
A sala dos brigadistas particulares contém todos os materiais necessários para um atendimento de primeiros socorros – macas, kit para parto, curativos, aparelho de pressão, oxímetro de dedo e desfibrilador. O brigadista particular tem de passar por credenciamento e habilitação – uma prova na qual deve ter 70% de acerto. O credenciamento tem validade de dois anos, conforme o capitulo VI da Normativa 28.
Baixo risco, alta complexidade no Beiramar Shopping
O Sr. Ramos relatou também que no shopping o grau de risco é baixo, mas a complexidade é alta. O profissional abordou acidentes e princípios de incêndios ocorridos dentro do shopping, inclusive acidentes fatais como suicídios e incêndios em lanchonetes. Também comentou a respeito dos principais acidentes de trabalho, sendo os mais recorrentes os acidentes de trajeto.
Após a sua palestra, o Sr. Ramos nos levou para conhecermos um pouco das áreas de segurança do shopping, onde pudemos averiguar as sinalizações de saídas de emergência, luzes de emergência, extintores com as devidas sinalizações, hidrantes, mangueiras, botões de emergência, escadas de emergência com porta corta-fogo, além de ventilações e sinalizações de segurança.
Ele também nos levou até a sua sala de segurança, onde pudemos ver os kits de primeiros socorros e também a roupa do brigadista particular em caso de combate a incêndio. Ele contou que tem de colocar a roupa em menos de um minuto e meio e chegar até o local do incidente em menos de um minuto. Um dos nossos colegas colocou toda a vestimenta de combate a incêndio – botas, calças, casaco, respirador, luvas, capacete e mais o tubo com ar respirável com peso estimado de 18 kg. A roupa de combate a incêndio suporta até 700°C.
A visita me levou um pouco mais perto da realidade através de relatos reais do Beiramar Shopping, no qual pude averiguar que o mesmo dispõe de um plano de emergência para a desocupação do prédio em caso de um incêndio, evitando, com isso, transtornos que possam comprometer a integridade física das pessoas durante o registro de sinistros.
