Vanessa Biondo,
Professora de Anatomia da Escola Técnica Geração
Nós, professores da Escola Técnica Geração, nos reunimos mais uma vez para um dia de muito aprendizado e reflexões. Neste momento, tivemos a oportunidade de aprender mais sobre Liderança Criativa e Comunicação Eficaz com o palestrante e coach Adonai Zanoni. Dentro desta temática vários foram os pontos importantes a serem trabalhados.
Momentos antes do início da palestra, pudemos participar de uma dinâmica aplicada pela nossa colega professora Josiane Ávila, com o intuito de vivenciar o que parecia ser uma brincadeira, mas com uma importante lição a nos ser ensinada.
Fomos orientados a desenhar um monstrinho. Todos receberam o mesmo comando: desenhar um ser de cabeça redonda, olhos grandes, nariz pontiagudo, coberto de pelos e outras características bem próprias de um monstrinho. Características essas que iam sendo passadas pela professora Josiane igualmente ao grupo. O que pudemos perceber ao final? Os monstrinhos ficaram iguais? Por que ficaram tão diferentes se todos receberam os mesmos comandos?
O que pude refletir a respeito é que trazemos em cada um de nós bagagens muito diferentes, percebemos as coisas de formas diferentes, nossas experiências foram diferentes dos colegas ao longo da vida e nosso entendimento e imaginação mudam muito de um para o outro. Somos seres únicos, cada um com seu jeito, suas habilidades, sua compreensão do mundo e únicos também na sua aprendizagem. Nessa prática, pudemos, juntos, como corpo docente, refletir que nossos alunos também têm suas especificidades, suas diferentes formas de ouvir e aprender, mesmo que falemos a todos de uma única forma, com o mesmo comando.
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Liderança Criativa e Comunicação Eficaz e a diferença de gerações
O início da palestra se deu com a apresentação sobre as diferentes gerações envolvidas na relação professor-aluno. Importante saber que estamos em constante troca de experiências no processo de aprendizagem e isso muitas vezes converge para alguns conflitos dentro desta diferença de gerações.
Os veteranos, nascidos entre 1922 e 1945, são marcados por uma mentalidade conservadora. Tiveram vivência de guerra, são seguidores de regras e resistentes às mudanças.
Logo em seguida, a geração dos Baby Boomers, nascidos entre 1945 e 1965, já mais abertos em relação às mudanças, principalmente no mundo político, viveram uma fase de forte engajamento contra ditaduras. Portanto, já são mais questionadores e vivem em busca de mudanças. Época marcada pela luta feminina.
A Geração X, a dos nascidos entre 1965 e 1977, a grande maioria do nosso corpo de professores, portanto, reflete um pouco das frustrações de sua geração anterior. Essas pessoas assumem mais o papel de expectadores da cena política ao invés da militância. Anos marcados pelo forte capitalismo e pela volta de uma mentalidade um pouco mais conservadora. Eles gostam da transição de um trabalho mais formal para um trabalho mais livre, buscando o equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal. A tecnologia entrou em suas vidas e não nasceu com elas como nas próximas gerações, a dos nossos alunos.
A Geração Y, entre 1977 e 2000 trouxe ao mundo pessoas com muito mais informação pelo acesso fácil à tecnologia, são ansiosos, imediatistas, com o pensamento rápido como a própria internet. Utilizando de todos os recursos tecnológicos presentes, precisam estar conectados ao mundo, vivem uma sobrecarga de informações o que as vezes dificulta o foco no real conteúdo.
E com isso a Geração Z nos traz os nativos digitais. São pessoas menos ansiosas e mais silenciosas, que têm uma mentalidade rápida, porém de curto prazo. Abrem empresas com um smartphone nas mãos.
O que fica depois de todo o aprendizado
O que aprendemos fortemente com tudo isso? Que nós professores muitas vezes falamos para gerações diferentes da nossa, o que pode gerar alguns conflitos. Como falar a mesma língua? Como despertar o interesse nas aulas, já que o mundo está na palma de nossas mãos, na tela de um celular?
– Conexão professor-aluno
A conexão que deve haver em sala de aula é de professor-aluno. Trazer como auxílio para ambos, a tecnologia é o ponto-chave e nisso deve haver um equilíbrio para que não se perca a real função de uma aula presencial. A eterna troca de informações, de experiências, de relatos, de vivências, de práticas, nunca poderá ser substituída somente por uma tela.
– Potencializar competências
O grande papel do professor como líder é trabalhar o potencial do aluno. Identificar e incentivar seus talentos. O aluno muitas vezes necessita desta motivação para seguir seus dons naturais e aperfeiçoar seus estudos. Nosso grande desafio é atrair o aluno, interagir com ele, despertando seu interesse e potencializar suas competências. O professor é um agente transformador, que com relacionamento e troca de experiência, cria um forte vínculo com seu aluno.
– Liderança consciente
Essa liderança deve ser consciente, e o grande desafio é utilizar a metodologia com criatividade e inovação. Um líder promove discussão, provoca mudança, inspira, dá referência, é modelo.
Algumas foram as dinâmicas aplicadas em sala para o entendimento da liderança e comunicação. Dentre elas a construção de uma torre que deveria ter base sólida, possibilidade de transportá-la e a maior altura possível. A base sólida é o fundamento do processo de aprendizagem.
A capacidade de transportá-la nos diz que o conhecimento é mutável, pode ser modificado, transformado. E com isso conseguiremos alcançar nossas metas e objetivos, chegar ao mais alto possível.
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